De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES), o policial que morreu trabalhava no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que sempre está em operações. Para o Sindipol/ES, além de suspender imediatamente as operações conjuntas, o Governo deve priorizar a vacinação dos profissionais de segurança pública com as novas doses que estão chegando ao estado.
O investigador da Força Tarefa da DHPP, Judson de Mattos, de 52 anos, faleceu nesta quarta-feira (30) vítima de COVID-19. Já são mais de 300 policiais civis contaminados no Espírito Santo. A morte do investigador ligou o alerta para o sindicato que representa a categoria.
“Na contramão das medidas de isolamento e das recomendações de saúde, a Polícia Civil segue participando de operações integradas com outras forças de segurança em todo o estado. Nós do sindicato apoiamos de forma irrestrita o combate criminalidade e a violência, mas nossos profissionais precisam ter segurança. A vida dos policiais está em primeiro lugar”, pontuou Aloísio Fajardo, presidente do Sindipol/ES.
O presidente Aloísio Fajardo, falou sobre o risco de colapso na Polícia Civil capixaba.
“Hoje, temos uma defasagem no quadro operacional próximo de 60% e um efetivo envelhecido por causa da falta de concurso público ao longo dos anos. Somando os policiais contaminados, do grupo de risco e do grupo que já deu entrada na aposentadoria, podemos ter colapso com o avanço da pandemia na Polícia Civil”, explicou.
Nesta quinta-feira (01), o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo formalizou os pedidos de supensão imediata das operações conjuntas nas cidades com classificação de risco alto para a transmissão do novo coronavírus ao delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda. Como medida urgente, a diretoria do Sindipol/ES também pede a vacinação de todos os policiais civis com a chegada do novo lote com cerca de 168.950 (cento e sessenta e oito mil, novecentos e cinquenta) doses de vacina.
A diretoria do Sindipol/ES irá até a justiça, caso seja necessário, para garantir segurança a categoria. O Sindipol/ES acredita que é preciso cuidar da saúde dos policiais civis que estão na linha de frente da pandemia. A Polícia Civil presta um serviço essencial à sociedade capixaba e não pode parar.
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