Para o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES), os atos criminosos em série sobrecarregam os Departamentos e Divisões que são especializados na Polícia Civil, tornando mais difícil e lento o processo de investigação.
“Os casos vão se acumulando. A sucessão na cadeia do tráfico é uma disputa que atrai muitos jovens. Prendemos um hoje, mas são muitos na fila de espera dispostos a tudo para subir na hierarquia do tráfico. São muitos crimes e poucos policiais civis para investigar e oferecer denúncia à justiça”, explicou Aloísio Fajardo, presidente do Sindipol/ES.
Na noite da última segunda-feira (23/08), pela disputa de pontos de vendas de drogas, moradores de Itapuã, Vila Velha, foram surpreendidos por três ataques seguidos que resultaram na morte de um homem de 44 anos. Os moradores relataram em entrevistas divulgadas nos principais canais de comunicação que, há cerca de um mês, toda quinta-feira, sofrem com ataques de traficantes.
“É mais um exemplo da guerra territorial entre traficantes que poderia ser rapidamente freada se tivéssemos mais policiais para investigar, identificar e prender rapidamente esses criminosos”, pontuou Fajardo.
Outro exemplo ainda mais claro é do bairro Andorinhas, em Vitória. Há anos o bairro que fica a poucos quilômetros da Chefatura de Polícia e do Quartel Central toda semana é notícia nos jornais do estado.
“Os policiais civis estão fazendo a parte deles e se dedicam ao máximo, mesmo sem estrutura e valorização, para dar uma resposta a sociedade. Muitos líderes de facções criminosas já foram presos, mas as investigações e prisões precisam ser rápidas, para isso, temos que ter mais policiais”, finalizou o presidente do Sindipol/ES.
A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo segue em diálogo com o Governo do Estado e cobrando abertura de novo concurso público, além da nomeação dos excedentes do último concurso, como forma emergencial de suprir a carência de profissionais na Policia Civil.
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