O estado saiu de exemplo negativo para ser uma referência de combate aos crimes contra à mulher no país. Diante de tantos casos de feminicídios e de violência doméstica, a Polícia Civil capixaba intensificou os trabalhos nas Delegacias da Mulher e fundou, em 2010, o primeiro Departamento de Homicídio e Proteção à Mulher/DHPM do Brasil.
“Estamos publicamente exaltando o trabalho realizado nessas delegacias pelos nossos policiais civis. A DHPM, por exemplo, tem uma taxa de elucidação de crimes que supera 70%. Trabalhar com esse de tipo de violência requer ainda mais sensibilidade dos policiais civis. Todos estão de parabéns”, disse Aloísio Fajardo, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do estado (Sindipol/ES).
Apesar da brilhante atuação dos policiais civis no estado, infelizmente, pela cultura machista e pela falta de educação primária, o Espírito Santo ainda registra vários casos de violência contra à mulher diariamente.
Por isso, além de falar dos trabalhos realizados pelos policiais civis, o Sindipol/ES também reforça a importância das denúncias.
“É preciso denunciar. Crescemos ouvindo que em briga de marido e mulher não se mete a colher, e isso estava errado. Uma coisa é a privacidade do casal, a outra é agressão. São situações completamente diferentes. Portanto, o pedido que o Sindicato dos Policiais Civis aos capixabas é esse. Não fiquem calados, denunciem”, pontuou Fajardo.
PRENDER E REEDUCAR
Em 2015, psicólogas e assistentes sociais da Polícia Civil do Espírito Santo lançaram o projeto ‘Homem que é homem’, que contribui para a redução desse tipo de violência trabalhando com prevenção no estado.
No projeto, homens denunciados nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam's) participam de um ciclo de palestras e aprendem formas pacíficas de lidar com conflitos.
Os resultados foram tão a satisfatórios que, a partir do ano de 2017, a Polícia Civil do Espírito Santo passou a expandir o projeto para municípios do interior do Estado, com apoio das prefeituras.
“Os policiais civis estão fazendo a parte deles e as denúncias são fundamentais para que os agressores sejam identificados e presos. Por isso é muito importante denunciar. Ligue para o 190 ou para o Disque Denúncia 181, que também pode ser acessado pela internet. Muitas vezes a mulher está numa situação tão complicada, que não consegue dar esse primeiro passo. É papel de cada um enquanto cidadão ajudar”, finalizou Aloísio Fajardo, presidente do Sindipol/ES.
FORÇA,UNIÃO E LUTA